quinta-feira, 19 de abril de 2012

Selena


Luna, como a lua. Ela mudando de fases. Às vezes pede romance, outras quer atenção... Algumas vezes cede aos desejos que à queimam intensamente, com rigor e intolerância, levando o corpo àquele abismo do qual é difícil sair sem outro corpo ou uma dose sublime de paciência.  Tendo aqueles pensamentos condenados, supostamente pecaminosos. Segredos da intimidade entre substantivos. Com raios que abrangem com delicadeza, preguiçosamente. Brilhando na escuridão da noite.
Luna, personificação deusa da noite. Sem rigores demasiados. Oposta à ele que vem sempre da mesma forma. Com a mesma aparência. Mesmo que mude aos poucos... Não admite. Chame-o senhor, ele te acompanha. Ele, razão? Ela, intensidade! 
Ele não se emociona, não emociona outros. Não brinca. Não sonha. Não chora. Não despede. Não lamenta. Não vibra. Não se flexiona. Não ri. Não quer sentir... Aceitar é para fracos e oprimidos, quem pensa se impõe. Tira o vital de tudo. De todos. É preciso crescer.
Ela carrega o peso dele. Atos dele. Não deixando de valsar leve ainda assim. Porque seu nome podia ser Tolerância. Talvez destino... Aquela força oculta e pertinente. Também não sonha, mas deseja o sonho. Sente as batidas de cada coração. Segundo a segundo. Ela conhece você. Seus desejos. Com ele você jamais conversaria, mas ela é agradável. Me confesso à ela. Íntima à mim.
Ele sem ela não existiria. Ela sem ele continuaria sendo ela. Sem fases. Sem mudanças. Sem graças. Se ela não se doa, não é amor. Ele morreria por ela.
O mundo sabe quando eles se encontram. Escuro. Receio. Admiração. Inspiração. Cantem à eles, dancem por eles. Não deixem-se levar por consciências vãs. Ideias roubadas na calada da noite.
Cada ser precisa ser à seu modo de ser. 
Luna como a lua. Hoje crescente. Sempre presente. Pobremente admirada... por mim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário