sexta-feira, 30 de março de 2012

Brincando com sentimentos alheios?

Quem sou? Qual meu nome?
Meu nome é flor, meu nome é céu, 
meu nome é letras no papel!

Sou o escuro da sua noite!
Sou movimento e energia, 
 complicada melodia!

Sublimes passos na areia...
Sou o retrato na parede, 
 o beijo que você pede.

Meu nome é luz, meu nome é vida, 
meu nome é fera atrevida. 

Deslizando pelos regatos,
 flutuando sobre as colinas.

Me chame tudo, me chame nada.
Me chame de sua amada!
Não obedeço seus caprichos.

Me chamo intensa liberdade!
Não me prenderás jamais!

Voo livre com o vento e qualquer pensamento, 
me espanta para o longe.

Sou nada e ninguém, 
do que pensa sou além! 

Me espere na curva do vento
e ganhará seu beijo infinito!  

Sou a batida do coração de quem lê.
E com um simples versinho...
Consegui prender você.


Queria eu escrever um poema.
Mas esta tarde estou sem inspiração.

Não conseguiria jamais captar o torce e retorce dos versos, 
nem alinhar palavras com perfeição.

Ah, palavras travessas!
Que me escapam por entre os vãos dos dedos.

Palavras pequenas meninas, 
que dominam meus medos.

Palavras me dão saudade, 
sinto saudade por ter solidão.

Estou só e entediada. Eu queria escrever um poema...
Mas nesta tarde me falta inspiração.



Medo do medo.



Tenho medo que o medo me devore. 

Descobri que as outras pessoas não veem o mundo como eu!

Tenho medo do claro do dia. 
O sol pode me queimar em um instante.

A noite é bela e macia. 
De escuridão aveludada e cativante.

Tenho medo que o medo me devore.

Tenho medo das pessoas que me cercam
Não sou capaz de confiar no ser humano.

As plantas falam a língua da amizade.
E são agradáveis de ver.

Tenho medo que o medo me devore.
De tanto medo que tenho.
Medo manhoso e calmo.
Manso, cabe em cada canto de mim.

Acho que o medo me devora...
Corroendo lentamente o meu ser.

quinta-feira, 29 de março de 2012

Intimamente

E no íntimo das paredes, 
as paredes me são íntimas.

Saber se estou realizada ou não.
Triste, alegre, deprimida, estupefata...

O fato, 
é que as paredes me são íntimas.

Não concordo com quem diz que parede não fala.
Calúnia!
Mentira!

Quem me conforta?
Quem fica imóvel enquanto olho?
Quem me deixa ver seus defeitos, rachaduras, descascados, desalinhos?
 Quem me protege do vento, do frio?

As paredes!
Porque no fundo as paredes me são íntimas.

Não são só amontoados de tijolos!

As paredes calorosas, 
me são íntimas.


Vida.

E a vida ia. 
A vida vinha. 
A vida não se continha!
Passeava com minha alma, 
pelos campos.

E a vida ia.
A vida vinha.
A vida não se continha.
Voando com minha alma, 
pelos céus.

E a vida foi.
E não voltou.
A vida me roubou, 
os batimentos do coração.

Não volte vida! 
Não volte...
Leva-os contigo.
Não os quero mais prisioneiros...
Do meu peito! 
Do meu peito...



E a natureza baila bela...

Em uma manhã de inverno.