segunda-feira, 18 de julho de 2011

Ismália

Ismália
Alphonsus de Guimaraens

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

 

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A súbita vontade de ser feliz

Há sempre aqueles dias em que acordamos com vontade de ser feliz. Não que algo tenha mudado, a cama continua no mesmo lugar, o sol nasceu do mesmo jeito, as paredes tem a mesma cor. Coisa nenhuma mudou. Quem mudou fomos nós. Em dias assim é que percebemos a força de um sorriso, o poder de um abraço e o universo não faz sentido algum, essa é a possibilidade mágica!
Acordar feliz é um ótimo sinal de que pelo menos por um dia, por um dia, vamos deixar de existir e começar realmente viver. 


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Refúgio do Tempo

Um lugar, um tempo, uma vida, uma pessoa, um acontecimento, uma marca... O que quiser ser. O que quiser ver. O que quiser ouvir. Um refúgio do tempo, onde tudo e todos podem se encontrar, onde a liberdade de sentir e encontrar sentido não tem pressa. 
Quem diz que a seriedade e a brincadeira não podem andar juntos?
Será aqui o local onde me refugio do tempo, meu pequeno refúgio. Nosso pequeno refúgio.
E viva a liberdade de poder ser.