quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Borboletas


guém.


BORBOLETAS

Quando depositamos muita confiança ou expectativas em uma pessoa, o risco de
se decepcionar é grande.

As pessoas não estão neste mundo para satisfazer as nossas expectativas, assim como não estamos aqui, para satisfazer as dela.

Temos que nos bastar... nos bastar sempre e quando procuramos estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém.

As pessoas não se precisam, elas se completam... não por serem metades, mas por serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida.

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher de sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você, e principalmente a gostar de quem gosta de você.

O segredo é não cuidar das borboletas e sim cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar
não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

É belo por ser simples...


Os “algos” complexos da vida não me dão o prazer que deveriam me dar. O simples me atrai, me leva leve. O chuvisco encanta mais, muito mais. A borboleta bate as asas na sua viajem, e eu viajo com ela. A viagem pronta não me ilude. Me nego, vender minha imaginação por um pouco de prazer fácil... Faço. Vou à luta. A luta é simples, é vida ou morte.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Dom Quixote (Engenheiros do Hawaii)

Muito prazer, meu nome é otário
Vindo de outros tempos mas sempre no horário
Peixe fora d'água, borboletas no aquário
Muito prazer, meu nome é otário
Na ponta dos cascos e fora do páreo
Puro sangue, puxando carroça
Um prazer cada vez mais raro
Aerodinâmica num tanque de guerra,
Vaidades que a terra um dia há de comer.
"Ás" de Espadas fora do baralho
Grandes negócios, pequeno empresário.
Muito prazer me chamam de otário
Por amor às causas perdidas.
Tudo bem, até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Tudo bem, seja o que for
Seja por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas
Tudo bem... Até pode ser
Que os dragões sejam moinhos de vento
Muito prazer... Ao seu dispor
Se for por amor às causas perdidas
Por amor às causas perdidas



Turbu(lentamente)

Deixe as águas turbulentas passarem por baixo da ponte e a chuva fina molhar o rosto.
  


     

   

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dança

Dance at Bougival August Renoir  1882
Dance at Bougival (Au)gust renoir

A menina dança sozinha
por um momento

A menina dança sozinha
com o vento, com o ar, com
o sonho de olhos imensos...

A forma grácil de suas pernas
ele é que as plasma, o seu par
de ar,
de vento,
o seu par fantasma...

Menina de olhos imensos,
tu, agora, paras,
mas a mão ainda erguida
segura ainda no ar
o hástil invisível
deste poema!
(Mario Quintana)

Conversation with the gardener  (Pierre-Auguste Renoir)
     

Canção do dia de sempre

Tão bom viver dia a dia...
A vida assim, jamais cansa...

Viver tão só de momentos
Como estas nuvens no céu...

E só ganhar, toda a vida,
Inexperiência... esperança...

E a rosa louca dos ventos
Presa à copa do chapéu.

Nunca dês um nome a um rio:
Sempre é outro rio a passar.

Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!

E sem nenhuma lembrança
Das outras vezes perdidas,
Atiro a rosa do sonho
Nas tuas mãos distraídas...
Mário Quintana

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Mário Quintana

Não desças os degraus do sonho
Para não despertar os monstros.
Não subas aos sótãos - onde
Os deuses, por trás das suas máscaras,
Ocultam o próprio enigma.
Não desças, não subas, fica.
O mistério está é na tua vida!

E é um sonho louco este nosso mundo...


segunda-feira, 18 de julho de 2011

Ismália

Ismália
Alphonsus de Guimaraens

Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar...
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.

No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar...
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar...

E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar...
Estava perto do céu,
Estava longe do mar...

E como um anjo pendeu
As asas para voar...
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar...

As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par...
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar...

 

sexta-feira, 15 de julho de 2011

A súbita vontade de ser feliz

Há sempre aqueles dias em que acordamos com vontade de ser feliz. Não que algo tenha mudado, a cama continua no mesmo lugar, o sol nasceu do mesmo jeito, as paredes tem a mesma cor. Coisa nenhuma mudou. Quem mudou fomos nós. Em dias assim é que percebemos a força de um sorriso, o poder de um abraço e o universo não faz sentido algum, essa é a possibilidade mágica!
Acordar feliz é um ótimo sinal de que pelo menos por um dia, por um dia, vamos deixar de existir e começar realmente viver. 


quinta-feira, 7 de julho de 2011

Refúgio do Tempo

Um lugar, um tempo, uma vida, uma pessoa, um acontecimento, uma marca... O que quiser ser. O que quiser ver. O que quiser ouvir. Um refúgio do tempo, onde tudo e todos podem se encontrar, onde a liberdade de sentir e encontrar sentido não tem pressa. 
Quem diz que a seriedade e a brincadeira não podem andar juntos?
Será aqui o local onde me refugio do tempo, meu pequeno refúgio. Nosso pequeno refúgio.
E viva a liberdade de poder ser.